Ah, é tudo uma grande bobagem. Alguns estão vagando por aí, correndo atrás de uma droga de carreira que dificilmente trará metade do que esperam de felicidade na vida, o resto rasteja em um monte de lixo ideológico. Um bando de não realizados crônicos.
E no meio? No meio não há nada. O meio é um lugar que inventaram para que você sempre tivesse algo para correr atrás. Seu burro.
domingo, 4 de julho de 2010
#1
Ah, é tudo uma grande bobagem. Alguns estão vagando por aí correndo atrás de uma droga de carreira que dificilmente trará metade do que esperam de felicidade na vida, o resto rasteja em um monte de lixo ideológico. Um bando de não realizados crônicos.
E no meio? No meio não há nada. O meio é um lugar que inventaram para que você sempre tivesse algo para correr atrás. Seu burro.
E no meio? No meio não há nada. O meio é um lugar que inventaram para que você sempre tivesse algo para correr atrás. Seu burro.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Uma Era de ilusões, sim senhor
Ok. Aqui estamos. Na iminência do momento em que praticamente qualquer pessoa irá conseguir falar com outra – em qualquer lugar do mundo – desde que esta segunda pessoa também saiba falar.
A geração de valor do mundo globalizado se apóia basicamente na capacidade de falar com pessoas distantes por preços menores, assim como viajar pagando menos. O discurso é: Encurtar as distâncias. Mas, independentemente deste cenário, na verdade este post é para falar de outra coisa.
Ilusões.
Acho que assim como categorizamos eras e épocas passadas como “Idade das Trevas” - onde o conhecimento científico foi cerceado - ou “Revolução verde” - quando descobrimos que jogando sementes no solo algo comestível cresceria naquele lugar – nossos descendentes distantes (e aqui falo dos BEM distantes), talvez em estados de subsistência – pela obvia escassez de recursos – falarão de nós como aqueles que viveram na Era das ilusões – nome pomposo, né?
Algumas dessas idéias foram retiradas de um artigo que li ontem e não sei onde enfiei. Assim que encontrar coloco referências aqui. Outras saíram de conversas com minha avó – sim, minha avó. Se você ainda tem avô ou avó e não troca idéias com eles, shame on you. Não sabe o que está perdendo.
São idéias um tanto cruas. É como sei exprimir idéias e se não gostou dançou. ; )
Mas por que vivemos na Era das ilusões?
- Nosso conhecimento vem crescendo de forma tão rápida e trazendo mudanças tão radicais, que muitos de nós pensa que nada mais é impossível. Some a isso nossa necessidade cada vez menor de adaptação – uma vez que o contato com a natureza foi substituído pela imersão social – e é fácil notar que quase nada nos dias de hoje pode ser realmente tachado como ilusório. (De acordo com os valores vigentes).
- Nós, “os ricos”, acumulamos um volume tal de recursos, que nos permite viver bem e felizes. Mesmo com valores tão malucos.
- Colocamos as razões (ou motivações) de nossas ações em terceiros – o que por definição já é uma ilusão. O cara paga o seguro saúde dos filhos e da esposa para ajudar seus entes queridos e não para mostrar que liga para eles. Eu faço doações ou me alisto no exército para ajudar meu país, não para demonstrar minha solidariedade ou minha lealdade. Por aí vai.
- Um fato e que, vivemos em uma boa era, em comparação com nosso ancestrais, que pela alta necessidade de adaptação desenvolviam ilusões que pouco afetavam sua vida prática. Hoje nossas ilusões estão escrevendo a história.
- Nosso cérebro funciona basicamente de duas formas (e quem quiser mais detalhes pode assistir esse TED aqui. É demais.)
Um lado é responsável por seu EU agora e pelas coisas praticas. O outro relaciona passado e futuro e as implicações de suas atitudes – basicamente, queremos passar boas imagens às outras pessoas.
Uma vez que utilizamos muito mais o lado abstrato do cérebro do que nossos ancestrais, nos tornamos mais suscetíveis a ilusões. Em especial aquelas que parecem boas. Aqui podemos falar de consumo fetichista, comportamento, relacionamento social, etc. - Sim, estamos imersos em ilusão. A tecnologia também nos expôs muito mais a alterações de humor, as drogas e artes do que nossos ancestrais. Em geral as artes eram situacionais ou meramente representativas, a música estava ligada a rituais assim como o uso de drogas, que em algumas culturas tinham um papel divino.
Hoje drogas são baratas e fáceis de encontrar, podemos escutar música em qualquer lugar, as artes em suas infinitas formas estão presentes em praticamente todas as superfícies para onde apontarmos os olhos. - Além disso, somos guiados por especialistas.
Educados para sermos influenciados pela retórica, eloqüência, dificuldades, dramatização ou repetição de argumentos. Somos também induzidos a mostrar nossos ideais através das histórias que gostamos ou contamos, assim como devemos gostar de histórias bem construídas. Acontece que hoje existem argumentos e histórias criados por pessoas muito mais especialistas do que existiam na época de nossos ancestrais. Uma vez “construídos” para sermos persuadidos por esse tipo de coisa, nossos ideais e crenças se tornam influenciados por nossos criadores e contadores de histórias – de ilusões. E se quiser ser um pouco mais conspiratório, pense sobre quem define os temas das histórias. Eu paro por aqui.
Além disso tudo, acho que nossos descendentes distantes (aqueles BEM distantes) irão rir quando se derem conta que preferimos governar nossa sociedade pela democracia, o efêmero voto medíocre ao invés de considerar com mais peso a opinião de especialistas. Mas por esse caminho o papo fica chato e o post bem mais longo.
Boa semana para geral!
Fotos por: Katie Lee
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